Novo estudo revela tratamento promissor que supera resistência em casos de neuroblastoma, um dos cânceres infantis mais agressivos e desafiadores.

Um recente estudo conduzido por pesquisadores do Instituto Garvan de Pesquisa Médica, na Austrália, oferece novas esperanças no combate ao neuroblastoma, uma forma rara e agressiva de câncer que atinge predominantemente crianças. Este tipo de câncer apresenta um dos piores prognósticos entre os tumores pediátricos, com taxas de sobrevivência alarmantemente baixas em casos de recidiva — cerca de 90% das crianças que enfrentam uma recaída não sobrevivem.

A urgência em encontrar estratégias terapêuticas mais eficazes se torna ainda mais pronunciada diante do fato de que muitos pacientes, ao serem diagnosticados, já estão em estágios avançados da doença e resistem aos tratamentos convencionais. O neuroblastoma se origina de células nervosas nas glândulas suprarrenais ou ao longo da coluna vertebral, afetando predominantemente crianças pequenas. Enquanto algumas formas da doença têm boas chances de tratamento, cerca de metade dos pacientes se depara com casos mais severos.

Os cientistas australianos descobriram uma combinação de medicamentos capaz de atacar as células tumorais que desenvolveram resistência à quimioterapia padrão. Os testes foram realizados em modelos animais e os resultados promissores foram publicados na revista Science Advances. Um dos fármacos testados, já aprovado para outros tipos de câncer, revelou-se eficaz ao ativar caminhos alternativos para a morte celular, mesmo quando os mecanismos habituais pararam de funcionar.

A descoberta é significativa, pois abre novas perspectivas para o tratamento de um câncer cuja resistência aos tratamentos convencionais tem sido um desafio constante. A identificação de novos fármacos e combinações pode alterar o panorama atual da terapia para os afetados por essa doença devastadora. A busca por tratamentos mais eficazes é vital, dado o impacto emocional e físico que o neuroblastoma tem sobre as crianças e suas famílias. A ciência avança, e com ela, a esperança de que novas abordagens possam salvar vidas e oferecer um futuro mais promissor para as crianças que enfrentam essa dura batalha.

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