Novo edital de leilão de arroz importado deve ser divulgado em até dez dias, afirma ministro Paulo Teixeira.



O Governo Federal está se preparando para lançar um novo edital de leilão de arroz importado nos próximos dias. A informação foi confirmada pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O objetivo é garantir o abastecimento e estabilizar os preços do produto no mercado interno, que sofreram um aumento significativo após as inundações que atingiram o Rio Grande do Sul no início do ano.

Na terça-feira (11), o governo anunciou o cancelamento da compra de 263,3 mil toneladas de arroz importado, devido à falta de capacidade financeira da maioria das empresas vencedoras para honrar os contratos. O novo edital será elaborado com a participação da Controladoria-Geral da União (CGU), da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Receita Federal, com o objetivo de analisar as empresas participantes antes do leilão.

O leilão cancelado gerou polêmica devido a um possível conflito de interesses. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, pediu demissão após suspeitas de favorecimento na indicação do diretor responsável pelo leilão. Além disso, a corretora FOCO Corretora de Grãos, que participou do leilão, tem vínculos com o ex-assessor parlamentar de Geller.

O ministro Paulo Teixeira ressaltou que o presidente Lula participou da decisão de anular o leilão e proceder com um novo processo mais transparente e aprimorado. A intenção é garantir que as regras sejam seguidas de forma justa e eficiente, contando com a participação de órgãos de controle e fiscalização.

Com a expectativa de um novo edital nos próximos dias, a importação de arroz se torna uma medida essencial para equilibrar o mercado interno e garantir o acesso ao produto a preços mais estáveis para a população. A situação no Rio Grande do Sul, estado responsável por grande parte da produção de arroz no país, torna ainda mais urgente a necessidade de medidas efetivas para evitar a escassez e a elevação dos preços.

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