Na terça-feira (11), o governo anunciou o cancelamento da compra de 263,3 mil toneladas de arroz importado, devido à falta de capacidade financeira da maioria das empresas vencedoras para honrar os contratos. O novo edital será elaborado com a participação da Controladoria-Geral da União (CGU), da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Receita Federal, com o objetivo de analisar as empresas participantes antes do leilão.
O leilão cancelado gerou polêmica devido a um possível conflito de interesses. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, pediu demissão após suspeitas de favorecimento na indicação do diretor responsável pelo leilão. Além disso, a corretora FOCO Corretora de Grãos, que participou do leilão, tem vínculos com o ex-assessor parlamentar de Geller.
O ministro Paulo Teixeira ressaltou que o presidente Lula participou da decisão de anular o leilão e proceder com um novo processo mais transparente e aprimorado. A intenção é garantir que as regras sejam seguidas de forma justa e eficiente, contando com a participação de órgãos de controle e fiscalização.
Com a expectativa de um novo edital nos próximos dias, a importação de arroz se torna uma medida essencial para equilibrar o mercado interno e garantir o acesso ao produto a preços mais estáveis para a população. A situação no Rio Grande do Sul, estado responsável por grande parte da produção de arroz no país, torna ainda mais urgente a necessidade de medidas efetivas para evitar a escassez e a elevação dos preços.