Novas Parcerias da África com Rússia e China Ameaçam Hegemonia Ocidental, Afirmam Especialistas em Relações Internacionais

Nos últimos anos, a dinâmica geopolítica na África tem passado por mudanças significativas, especialmente com o aumento das parcerias dos países africanos com potências como Rússia, China e Turquia. Essa nova configuração é vista como um fator que pode dificultar a manutenção da hegemonia ocidental, historicamente exercida por nações como os Estados Unidos e os membros da União Europeia.

De acordo com especialistas, essas alianças emergentes estão se intensificando no contexto de uma aparente retração do Ocidente em questões africanas. A Rússia, por exemplo, busca expandir suas relações com o continente, como evidenciado pela declaração recente de seu Ministro das Relações Exteriores, que anunciou uma nova “era de florescimento” das relações russo-africanas. Ele destacou que as principais áreas de colaboração entre a Rússia e os países africanos incluem segurança, comércio, energia, educação e ciência, com planos de ação estabelecidos entre 2023 e 2026.

A China, por outro lado, já é um parceiro comercial significativo para várias nações africanas. O investimento chinês em infraestrutura e desenvolvimento econômico tem proporcionado um crescimento considerável em diversas economias africanas. Assim, esses Estados estão se distanciando progressivamente das influências tradicionais do Ocidente, que frequentemente se apoiava em regimes democráticos e políticas de ajuda.

Além da Rússia e da China, a Turquia e os Emirados Árabes Unidos também têm buscado reforçar suas relações com a África, oferecendo investimentos e parcerias estratégicas que variam desde iniciativas tecnológicas até colaborações culturais. Essas ações visam não apenas expandir a influência econômica, mas também fortalecer laços políticos que podem garantir um maior poder de influência nas decisões regionais.

Nesse sentido, o surgimento dessas novas alianças pode ser interpretado como um movimento em direção a um multipolarismo, onde Estados africanos buscam equilibrar suas relações internacionais, minimizando a dependência de potências ocidentais. Isso se traduz em um novo cenário geopolítico que promete reconfigurar as interações entre continentes e desafiar a ordem estabelecida nos últimos anos.

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