Segundo o comunicado, a imposição das novas restrições cria um cenário desafiador para o futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que não terá o poder de reverter essas sanções sem a aprovação do Congresso. O órgão russo também destacou a conjuntura desfavorável, fazendo referência aos incêndios florestais que assolam o país norte-americano.
Para o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, as novas medidas restritivas têm como objetivo prejudicar a economia russa, mesmo que isso represente uma ameaça à estabilidade dos mercados mundiais. Além disso, o comunicado ressalta que os aliados europeus serão impactados, tendo que recorrer a suprimentos dos EUA mais caros e instáveis.
Diante das ações hostis de Washington, Moscou prometeu não deixar as medidas sem resposta e considerá-las na construção de sua estratégia econômica externa. O órgão russo reforçou a importância da Rússia como ator-chave e confiável no mercado global de combustíveis, mesmo diante das tentativas de envolver o setor energético mundial em conflitos provocados pelos EUA.
Na última semana, o Tesouro dos EUA ampliou a lista de sanções, incluindo mais de 200 empresas e indivíduos ligados ao setor energético russo, bem como mais de 180 navios. O intuito dessas medidas é restringir o acesso de Moscou aos mercados internacionais e reduzir as receitas obtidas com as exportações de petróleo e gás. A escalada das tensões entre os dois países sugere que o cenário geopolítico pode se tornar ainda mais instável nos próximos meses.