O templo em questão, localizado exatamente onde o historiador Estrabão descreveu em suas obras, foi identificado como o núcleo religioso da confederação trifiliana, que abrigava três principais culturas da região. Desde 2022, sob um projeto de cinco anos, a estrutura foi objeto de análise detalhada por parte do Instituto Arqueológico Austríaco e do Eforato de Antiguidades de Elis, culminando na recente descoberta de suas dimensões completas.
Com 28 metros de comprimento e cerca de 9,5 metros de largura, a edificação possui um layout que inclui duas salas principais, separadas por pilares centrais e um vestíbulo adornado com colunas. A função exata dessas duas salas ainda gera debates entre os pesquisadores. Existe a possibilidade de que o local tenha servido para a adoração de duas divindades distintas ou, alternativamente, como uma área de encontro para a associação religiosa das cidades circunvizinhas.
Entre os artefatos desenterrados encontra-se uma pia de mármore arcaica, com um diâmetro de aproximadamente um metro, que funcionava como recipiente de purificação ritual. Este elemento, classificado como perirrhanterion, possui características que sugerem um design sofisticado, semelhante a tigelas de bronze conhecidas. Além disso, um fragmento de uma grande placa de bronze, cuja inscrição pode oferecer novos insights sobre as atividades e a importância do santuário, foi recuperado. Devido à sua condição delicada, a placa demandará um trabalho extenso de restauração antes que suas mensagens possam ser totalmente decifradas. Tais descobertas não apenas ampliam nosso entendimento sobre a arquitetura e o culto religioso na Grécia antiga, mas também ressaltam a relevância cultural e histórica de Samikon no contexto das civilizações do passado.