O principal objetivo do Origem Verificada é identificar quem está realizando as chamadas, incluindo, em algumas situações, o motivo do contato, mesmo quando o número não está salvo no celular do destinatário. O serviço é gratuito para os usuários e não exige a instalação de aplicativos, mas a compatibilidade com os dispositivos móveis disponíveis no mercado é um dos desafios a ser superado. Atualmente, um número reduzido de empresas, como bancos e call centers, estão utilizando essa tecnologia, o que limita seu impacto positivo.
Para que um celular possa receber chamadas autenticadas, deve estar conectado a redes 4G ou 5G. Além disso, é necessário que o aparelho seja compatível com a tecnologia exigida. Conforme informações disponíveis, os modelos mais recentes da Apple e da Samsung já suportam este sistema. Enquanto os usuários de iPhone modelos 11 a 16, com iOS 18.2 ou superior, podem visualizar o nome da empresa, número e logotipo, os smartphones da Samsung que operam com Android 14 ou versões superiores oferecem informações ainda mais abrangentes.
A Anatel prevê que, até o final do primeiro semestre de 2025, 75% dos smartphones em uso no Brasil estarão aptos a receber essas chamadas autenticadas. O sistema se utiliza do protocolo internacional STIR/SHAKEN, que valida, em tempo real, se o número exibido realmente corresponde à empresa que está ligando, fornecendo uma camada extra de segurança aos usuários contra fraudes, como o uso indevido de números e robocalls.
Entretanto, é importante ressaltar que nem toda ligação sem identificação representa um golpe. O uso do Origem Verificada ainda é voluntário para operadoras e instituições e, até 2028, todas as chamadas feitas de telefones fixos e celulares precisarão passar por este processo de autenticação, embora a exibição de dados adicionais permaneça opcional. A medida é uma resposta essencial em um cenário onde fraudes telefônicas têm se tornado cada vez mais comuns, colocando em risco informações pessoais e financeiras dos consumidores.