A descoberta deste pterossauro é significativa não apenas por suas características evolutivas, mas também pelo que implica sobre a origem dos pterodactilóides, um grupo avançado de pterossauros que dominaram os céus durante o período Cretáceo. Até agora, acreditava-se que esses animais se originavam em ambientes costeiros, mas essa nova evidência sugere uma adaptação inicial a habitats interiores. Os pesquisadores indicam que Melkamter pateko se alimentava de insetos voadores, ao contrário de muitos de seus descendentes, que eram conhecidos por pescar e consumir presas aquáticas. Essa adaptação alimentar reflete não apenas um estilo de vida peculiar, mas também enriquece a compreensão sobre a diversidade e evolução dos pterossauros.
Além do valor paleontológico, esta descoberta também fornece um vislumbre sobre a ecologia do período em que esses pterossauros viveram, insinuando que as circunstâncias ambientais da época eram diferentes das conhecidas atualmente. O estudo dos fósseis, que inclui um crânio parcial e várias vértebras, revela diversas características que reafirmam a classificação de Melkamter pateko como um pterodactilóide.
Esta nova espécie, portanto, não só estende o registro fósseis de pterossauros, mas também desafia percepções previamente estabelecidas sobre sua evolução e ecologia, abrindo novos caminhos para pesquisa na paleontologia e promovendo uma reavaliação da história evolutiva dos répteis voadores que uma vez dominavam os céus da Terra.