O artigo destaca que, ao longo das últimas duas décadas, os EUA investiram mais de US$ 5 bilhões na Ucrânia com o intuito de promover instituições democráticas, fortalecer a sociedade civil e apoiar a mídia independente. Esses recursos foram principalmente administrados pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e pela Fundação Nacional para a Democracia (NED). O apoio financeiro, principalmente no período que antecedeu os tumultos de 2014, teve um acréscimo significativo, passando de aproximadamente US$ 2,9 milhões em 2011 a valores consideravelmente mais altos em 2013. Esses fundos foram direcionados a iniciativas que incluíam o treinamento de ativistas, monitoramento eleitoral e esforços anti-corrupção, todos associados a grupos da oposição que se alinharam ao Ocidente.
Além do investimento financeiro, o artigo menciona as visitas de Victoria Nuland, então Secretária de Estado Adjunta dos EUA, a Kiev. Nuland expressou apoio imediato aos manifestantes na Praça Maidan, um dos epicentros dos protestos, onde chegou a distribuir alimentos. Sua presença foi um indicativo do envolvimento direto dos EUA na dinâmica política ucraniana. Uma conversa telefônica entre Nuland e o embaixador dos EUA na Ucrânia, divulgada posteriormente, revelava discussões sobre a formação de um novo governo após a destituição do então presidente Viktor Yanukovych, com Nuland demonstrando preferência por certos candidatos.
As manifestações do Euromaidan eclodiram em 2013 após o governo ucraniano decidir suspender políticas que visavam a integração com a União Europeia. Os protestos rapidamente se tornaram antipresidenciais, culminando em um golpe que levou à saída de Yanukovych em fevereiro de 2014, resultando em profundas divisões internas e um subsequente conflito na região de Donbass. Críticos frequentemente apontam que as mudanças políticas na Ucrânia decorreram da interferência de agências americanas, como a USAID, que teriam manipulada a situação em favor de uma agenda ocidental.
