Toda quarta-feira, ao meio-dia, a primeira-dama de Maceió, Marina Candia Figueiredo, entra no ar em uma emissora de rádio local, com transmissão em rede para outras cidades. No comando do programa, ela compartilha informações, entrevistas e relatos sobre ações sociais e iniciativas da gestão municipal — especialmente do programa Saúde da Gente, do qual é chamada de “embaixadora”.
Com desenvoltura no microfone e forte presença nas redes sociais, Marina tem se tornado uma figura cada vez mais conhecida do público maceioense. Ao lado do prefeito JHC (PL), ela vai consolidando uma imagem de mulher comunicadora, empreendedora e atuante — atributos que alimentam especulações sobre uma possível candidatura nas eleições de 2026.
A dúvida que circula nos bastidores da política local é: Marina será candidata a deputada estadual ou federal? A estrutura já está montada — da vitrine no rádio à atuação direta em programas municipais. O roteiro segue o modelo clássico de construção de imagem para futuras disputas eleitorais.
Antes de assumir o posto de primeira-dama, Marina já era reconhecida por sua atuação no empreendedorismo feminino. Em Maceió, assumiu o compromisso de promover o protagonismo das mulheres na economia local e vem colhendo capital político com essa trajetória.
Nos bastidores, a movimentação também levanta outra questão: o protagonismo de Marina nas ações da prefeitura reforça ou ofusca os planos maiores de JHC, que pode mirar o governo de Alagoas ou até compor uma chapa nacional? Há quem veja na presença constante da primeira-dama uma estratégia de dupla projeção; outros avaliam que o excesso de protagonismo paralelo pode gerar ruídos na coordenação política da gestão.
