No contexto da educação brasileira, o Nordeste se destaca como um exemplo promissor na implementação do Ensino Médio Integral, onde os alunos permanecem na instituição por 35 horas ou mais por semana. Alagoas, por exemplo, ocupa a 7ª posição no ranking nacional, com 29% de sua população escolar matriculada nessa modalidade, à frente de estados tradicionais, como São Paulo e Rio de Janeiro.
A Superintendência da Rede Estadual de Alagoas relatou que desde 2020 o número de matrículas dobrou, com 45% das escolas estaduais já oferecendo o Ensino Médio Integral. Em 2025, são esperadas 112 escolinhas nessa modalidade, com previsão de um aumento de até 10% até 2026. A secretária de Educação do estado, Roseane Vasconcelos, ressaltou que os investimentos em educação integral começaram a fortalecer a rede de ensino local desde 2015, promovendo não apenas a ampliação das matrículas, mas investimentos em infraestrutura e nutrição, como a oferta de cinco refeições diárias para os alunos.
A proposta pedagógica do EMI se mostra inovadora, oferecendo uma formação integral que prepara os estudantes para desafios futuros, seja no ensino superior, na formação técnica ou no mercado de trabalho. A gerente de Políticas Educacionais destacou que o modelo tem promovido avanços consistentes na qualidade da educação, com um enfoque que ultrapassa a simples transmissão de conhecimento.
Este compromisso com a inovação e a melhoria da educação, enfatizado pelo Programa Alagoano de Ensino Integral (Palei), busca potencializar a aprendizagem dos alunos. Estudos mostram que quem estuda em regime de tempo integral apresenta, em média, 40% a mais de aprendizado. Alagoas, com seus programas estruturados e fortes políticas educacionais, tem se consolidado como referência para o Brasil, provando que, com planejamento e gestão efetiva, é possível transformar a realidade da educação pública.