A iniciativa de Noboa se fundamenta na crença de que a atual Constituição não é capaz de responder adequadamente às crises que o Equador enfrenta, abrangendo áreas cruciais como segurança, justiça e economia. Ele considera que a melhor solução para essas questões prementes é a criação de uma nova Carta Magna. Para contornar os obstáculos impostos pela judicialização do processo, o presidente direcionou sua petição ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que possui poderes para destituir juízes que possam agir de maneira a obstruir o andamento do referendo.
Entretanto, o movimento de Noboa não foi bem-sucedido como esperado. Durante a reunião do CNE, quatro de seus cinco membros concordaram em enviar a proposta do presidente para uma revisão pelo Tribunal Constitucional, o que mantém a expectativa de uma decisão sobre a viabilidade do referendo. Este cenário denota uma luta não apenas política, mas também judicial, refletindo as tensões entre os diferentes poderes do Estado.
Analistas destacam que a situação atual é desafiadora, dado o histórico de crises institucionais no país. A insistência de Noboa em buscar uma nova Constituição pode ser interpretada como uma tentativa de estabelecer um novo marco legal que o permita governar com mais eficácia enquanto busca resolver as graves questões sociais e econômicas que o Equador enfrenta atualmente.
A medida é uma manifestação clara da disposição do presidente em transformar seu projeto político, mesmo diante da resistência institucional, e a forma como ele lida com essa oposição pode definir seu legado e a estabilidade futura do país. O desenrolar dessa situação ficará sob o olhar atento da população equatoriana, que clama por soluções duradouras e eficazes.