As palavras de Trump suscitaram uma forte reação do presidente nigeriano, Bola Ahmed Tinubu, que utilizou suas redes sociais no dia anterior para contestar a caracterização do país como um local de intolerância religiosa. Tinubu frisou que a liberdade religiosa e a tolerância são pilares fundamentais da identidade nigeriana e afirmou que essa visão errônea não representa a essência da sociedade do país.
Ainda de acordo com o ex-presidente americano, a situação do cristianismo na Nigéria se assemelha a uma “ameaça existencial”, apontando os “islamitas radicais” como responsáveis por um possível “massacre”. A Nigéria, um país com uma população superior a 200 milhões de habitantes, é marcada por uma divisão religiosa significativa: o Norte é majoritariamente muçulmano, enquanto o Sul abriga uma maioria cristã.
Nesse contexto de tensões e conflitos sectários, a Nigéria enfrenta há mais de 15 anos uma insurgência jihadista, sendo os grupos Boko Haram e o Estado Islâmico da África Ocidental os protagonistas desse cenário de violência. O chamado ao suporte militar dos EUA, enquanto envolve questões complexas de soberania, é uma tentativa do governo nigeriano de enfrentar os desafios sustentados por esta grave crise de segurança que afeta não apenas a estabilidade do país, mas a própria convivência entre suas diversas comunidades religiosas.









