Nicarágua rompe relações com Israel e classifica suas ações como parte de um “sistema genocida” em Gaza, segundo declaração oficial do governo.

O governo da Nicarágua anunciou, em um comunicado oficial, o rompimento de suas relações diplomáticas com Israel, liderado pelo premiê Benjamin Netanyahu. Essa decisão foi motivada pelas ações militares de Israel no Líbano e na Faixa de Gaza, que a administração nicaraguense caracteriza como “genocidas”.

Em uma coletiva de imprensa, a vice-presidente da Nicarágua, Rosario Murillo, afirmou que a determinação de cortar laços foi uma ordem direta do presidente Daniel Ortega. Segundo Murillo, a Nicarágua não se pode calar diante do que considera um genocídio em Gaza, reiterando a postura do governo nicaraguense em condenar abertamente as práticas de Israel. “Condenamos o fascismo, repudiamos essas ações e nos unimos aos povos que estão lutando”, declarou Murillo, enfatizando também sua crítica às organizações internacionais que, segundo ela, falham em garantir a paz.

O cenário no Oriente Médio se tornou cada vez mais tenso desde o início de outubro. Israel está realizando uma ofensiva terrestre no sul do Líbano, com ataques aéreos constantes, resultando na morte de mais de 2 mil pessoas e no deslocamento de mais de um milhão de refugiados. Apesar das altas baixas, o Hezbollah continua sua resistência, disparando foguetes em direção ao território israelense.

A posição da Nicarágua se alinha com a crítica global em relação à ação militar indiscriminada de Israel, uma questão que tem dominado debates em várias esferas internacionais. A vice-presidente nicaraguense questionou a eficácia das instituições internacionais que visam a paz, desafiando-as a tomar uma posição firme contra o que considera ações imperialistas.

Com essa mudança nas relações, a Nicarágua se junta a uma crescente lista de países que expressam solidariedade ao povo palestino, em um momento de conflito intenso que desafia a diplomacia global e a construção de um futuro pacífico para a região. A situação atual restabelece questões sobre o papel das alianças internacionais e a responsabilidade de governos em sua resposta a crises humanitárias.

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