Em uma coletiva de imprensa, a vice-presidente da Nicarágua, Rosario Murillo, afirmou que a determinação de cortar laços foi uma ordem direta do presidente Daniel Ortega. Segundo Murillo, a Nicarágua não se pode calar diante do que considera um genocídio em Gaza, reiterando a postura do governo nicaraguense em condenar abertamente as práticas de Israel. “Condenamos o fascismo, repudiamos essas ações e nos unimos aos povos que estão lutando”, declarou Murillo, enfatizando também sua crítica às organizações internacionais que, segundo ela, falham em garantir a paz.
O cenário no Oriente Médio se tornou cada vez mais tenso desde o início de outubro. Israel está realizando uma ofensiva terrestre no sul do Líbano, com ataques aéreos constantes, resultando na morte de mais de 2 mil pessoas e no deslocamento de mais de um milhão de refugiados. Apesar das altas baixas, o Hezbollah continua sua resistência, disparando foguetes em direção ao território israelense.
A posição da Nicarágua se alinha com a crítica global em relação à ação militar indiscriminada de Israel, uma questão que tem dominado debates em várias esferas internacionais. A vice-presidente nicaraguense questionou a eficácia das instituições internacionais que visam a paz, desafiando-as a tomar uma posição firme contra o que considera ações imperialistas.
Com essa mudança nas relações, a Nicarágua se junta a uma crescente lista de países que expressam solidariedade ao povo palestino, em um momento de conflito intenso que desafia a diplomacia global e a construção de um futuro pacífico para a região. A situação atual restabelece questões sobre o papel das alianças internacionais e a responsabilidade de governos em sua resposta a crises humanitárias.