Gomes explicou que a memória é um processo complexo, que envolve diferentes áreas do cérebro e pode ser afetada por vários fatores, como estresse, depressão, e doenças sistêmicas. Ele frisou que muitos idosos podem apresentar episódios de esquecimento trivial, mas isso não necessariamente indica o início de um quadro de Alzheimer. O neurocirurgião chamou a atenção para a importância de um diagnóstico preciso, que deve ser realizado por profissionais especializados, podendo incluir exames neurológicos e testes de função cognitiva.
O médico ressaltou que a doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva, caracterizada pela perda gradual de capacidades cognitivas. Além das dificuldades de memória, os pacientes podem apresentar alterações de comportamento, dificuldades de linguagem e desorientação temporal e espacial. Gomes enfatizou que a detecção precoce é crucial para o manejo da condição, podendo permitir que os pacientes e suas famílias planifiquem suas vidas e busquem tratamentos que podem ajudar a minimizar os sintomas.
Além disso, Fernando Gomes abordou a relevância de medidas preventivas, como a adoção de uma dieta equilibrada, a prática regular de exercícios físicos e a estimulação mental contínua, que podem contribuir para a manutenção da saúde cerebral. Ele aconselhou que as pessoas estejam atentas a sinais de alerta e busquem ajuda médica ao notarem mudanças significativas nas suas capacidades cognitivas. O esclarecimento sobre essas questões é fundamental, tanto para desmistificar preconceitos em relação às doenças neurodegenerativas, quanto para promover uma melhor qualidade de vida entre os idosos. A abordagem de Gomes nos convida a refletir sobre o envelhecimento e a forma como podemos cuidar da nossa saúde mental.