Netanyahu pede retirada da Unifil no Líbano para evitar risco aos soldados da missão de paz em telefonema a Guterres.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, fez um pedido polêmico no último domingo (13/10) em um telefonema ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. Netanyahu solicita a retirada das forças de paz da ONU do sul do Líbano, alegando que a presença dessas tropas coloca os membros da missão internacional em situação de risco.

O motivo para esse pedido está relacionado aos recentes conflitos entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah, que resultaram em soldados da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) feridos. Netanyahu acusou o Hezbollah de utilizar os soldados da missão de paz como escudos humanos, o que coloca suas vidas em perigo.

A Unifil rejeitou repetidas vezes os apelos de Israel para retirar seus soldados da zona de fronteira entre Israel e Líbano. O primeiro-ministro israelense afirmou que a presença da missão de paz proporciona escudos humanos aos terroristas do Hezbollah e pediu que Guterres interviesse o quanto antes. Netanyahu reiterou que a retirada dos soldados da Unifil da região perigosa é a maneira mais eficaz de protegê-los.

No entanto, a Unifil continua resistindo aos apelos de Israel e mantém suas posições no sul do Líbano. Diante dessa recusa, Israel decidiu agir e tanques israelenses invadiram uma das bases da Unifil na região. A missão da ONU criticou veementemente essa ação e defendeu que seus membros e instalações não devem ser alvos de ataques.

A situação complexa envolvendo Israel, Unifil, Hezbollah e ONU está gerando críticas e tensões em nível internacional. Países como Estados Unidos, Itália, Alemanha, Reino Unido, China, Turquia, França, Espanha, Indonésia e Índia manifestaram seu descontentamento com os ataques à missão de paz e pediram uma investigação adequada sobre o ocorrido.

A tensão na região não parece próxima de se dissipar, com acusações mútuas entre as partes envolvidas e a recusa da Unifil em abandonar sua posição no sul do Líbano. Enquanto isso, a comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos desse conflito complexo e volátil.

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