O Hamas havia se comprometido a libertar 50 reféns em troca de 150 prisioneiros palestinos detidos por Israel. A última etapa da troca, programada para esta segunda-feira, começou com algumas desavenças, devido à discordância do Hamas em relação aos nomes dos prisioneiros que seriam liberados por Israel. No entanto, negociadores do Catar já estão trabalhando junto aos dois lados para resolver essas questões e finalizar a transferência.
O Hamas emitiu um comunicado afirmando que está buscando prolongar a trégua e aumentar o número de prisioneiros liberados. Uma fonte próxima ao grupo palestino informou que os mediadores foram informados sobre o desejo de uma extensão de “dois a quatro dias”. Os termos iniciais do acordo previam a possibilidade de ampliação da trégua, com um dia extra concedido a cada 10 reféns extras liberados pelo grupo palestino.
Em resposta à declaração do Hamas, Netanyahu demonstrou disposição em continuar com a libertação dos reféns, mas negou a possibilidade de um cessar-fogo definitivo. Ele relatou uma conversa que teve com o presidente dos EUA, Joe Biden, e declarou estar disposto a ampliar a trégua, mas ressaltou o objetivo de eliminar o Hamas.
Diante desse cenário, Netanyahu planeja solicitar um “orçamento de guerra” de 30 bilhões de shekels (R$ 39 bilhões de reais) para dar continuidade à ofensiva contra o Hamas. As autoridades israelenses afirmam que cerca de 1.200 pessoas morreram no ataque do Hamas, enquanto quase 240 foram sequestradas e levadas para a Faixa de Gaza. Por outro lado, o Ministério da Saúde controlado pelo Hamas declarou que a ofensiva israelense resultou na morte de 14.854 pessoas em Gaza, incluindo 6.150 menores de idade, e deixou aproximadamente 7.000 pessoas desaparecidas, de acordo com a Defesa Civil de Gaza.