Netanyahu e chanceler alemão discutem avanços em acordo para Gaza e desarmamento do Hamas em reuniões diplomáticas intensas.

Em uma reunião recente com o chanceler alemão Friedrich Merz, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, expressou sua expectativa de progressos na implementação de um acordo voltado para a pacificação da região de Gaza. Durante o encontro, Netanyahu mencionou que as discussões se concentraram em estratégias para desarticular o controle exercido pelo Hamas sobre a faixa, destacando a conclusão da primeira fase desse plano.

Ele sublinhou que, entre os passos necessários conforme o acordo, está a devolução do corpo do último refém israelense mantido pelo Hamas, o que ainda não ocorreu. Netanyahu descreveu a segunda fase do acordo como um desafio complexo, referindo-se a ela como “tão difícil quanto” a primeira, e enfatizando que esta etapa prevê o desarmamento do Hamas e a desmilitarização de Gaza. Este trecho do plano também implica a presença de uma força internacional na região e a eventual retirada das tropas israelenses.

Acrescentando ao tema, o primeiro-ministro mencionou a finalidade da terceira fase: a desradicalização do território, um objetivo que, segundo ele, muitos consideravam inviável. No entanto, Netanyahu recordou experiências passadas, como a desradicalização na Alemanha, sugerindo que tal transformação também é possível em Gaza, desde que o Hamas seja efetivamente desmantelado.

O chanceler Merz, em sua visita a Israel, reafirmou o compromisso da Alemanha em colaborar na reconstrução da faixa e no restabelecimento da paz, enfatizando que o Hamas não pode ter qualquer participação no futuro de Gaza. Essa visita diplomática marca a primeira de Merz desde sua ascensão ao cargo e é vista como uma oportunidade para fortalecer laços entre os dois países, especialmente em um contexto de tensão crescente, resultante das hostilidades recentes.

Além disso, Merz se encontrou com ex-reféns, destacando as preocupações humanitárias e o apoio contínuo da Alemanha a Israel. No tocante às negociações de paz, o primeiro-ministro do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, declarou que essas discussões encontram-se em um estágio crucial, indicando um momento oportuno para a implementação do plano de paz proposto pelos Estados Unidos.

Desde o início da trégua em outubro, o Hamas restituiu os corpos de 27 reféns falecidos e 20 pessoas ainda detidas, em contrapartida à liberação de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos. Apesar da redução da violência, as trocas de acusações entre Hamas e Israel sobre eventuais violações do cessar-fogo continuam a marcar a complexidade da situação na região.

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