Netanyahu fez esses comentários após a retirada de sua delegação das negociações em Doha, que buscavam um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. O premiê israelense justificou a postura do governo ao afirmar que a operação militar em Gaza é necessária para garantir a “liberdade operacional” das forças armadas israelenses e, ao mesmo tempo, evitar um colapso humanitário. Contudo, observadores internacionais, incluindo agências como a ONU, a OMS e a UNESCO, já apontam para uma crise humanitária em curso, caracterizada pela escassez de serviços básicos, fome e a propagação de doenças, que afeta a população civil no enclave.
Recentemente, Israel intensificou suas ações militares na Faixa de Gaza com o objetivo de eliminar as atividades do Hamas, o que coincide com as negociações mediadas pelo Catar que tentam estabelecer uma trégua e discutir a liberação de reféns. Essa escalada das hostilidades levanta preocupações sobre o futuro da faixada e da população que ali vive, que já está em uma situação precária.
Além disso, enquanto Netanyahu se compromete a evitar uma crise humanitária, a realidade vivida no local contradiz suas declarações. Organizações internacionais alertam que medidas mais efetivas são necessárias para mitigar o sofrimento da população civil e garantir o acesso a suprimentos essenciais. O contexto atual demanda um equilíbrio entre a segurança nacional de Israel e a responsabilidade humanitária para com os civis que vivem sob condições extremas em Gaza. A situação permanece volátil e complexa, pautada por interesses políticos, militares e direitos humanos.