Elizabeth Dias de Oliveira, parceira do deputado, se destacou como a principal beneficiada por essas contratações. Desde abril de 2020, ela ocupou uma posição no gabinete que a alçou ao status de secretária parlamentar, recebendo uma remuneração bruta que atinge cerca de R$ 18,7 mil mensais, além de diversos auxílios, totalizando em torno de R$ 1,2 milhão ao longo de sua atuação. Embora o casal tenha formalizado a união estável em 2022, o Tribunal de Contas da União (TCU) já considera essa relação suficiente para estabelecer um vínculo de parentesco por afinidade, o que levanta sérias preocupações sobre as normas de nepotismo.
Inicialmente, Coronel Chrisóstomo tentou desestigmatizar a situação, afirmando que não via problema em ter familiares trabalhando em sua equipe. Essa postura, entretanto, gerou uma onda de críticas e indignação pública, levando-o a reconsiderar sua posição. Nesta sexta-feira, em resposta à crescente pressão, o deputado enviou um comunicado à imprensa anunciando a demissão de todos os parentes que estavam lotados em seu gabinete.
O caso levanta questões importantes sobre a ética no serviço público e a responsabilidade dos representantes eleitos. A prática de empregar familiares com altos salários em cargos que, teoricamente, deveriam ser destinados a profissionais qualificados, permeia um debate sobre a utilização consciente dos recursos públicos e a necessidade de criar regras mais rígidas para evitar situações semelhantes no futuro. À medida que a situação se desenrola, a sociedade aguarda por mais esclarecimentos sobre este assunto controverso que toca o cerne da integridade política.









