Araghchi abordou as dificuldades em alcançar um consenso, esclarecendo que o Irã está comprometido com uma solução diplomática que contemple as preocupações de ambas as partes. Contudo, ele enfatizou que um entendimento satisfatório deve incluir a eliminação total das sanções impostas ao país e a proteção dos direitos nucleares iranianos, especialmente no que diz respeito ao enriquecimento de urânio.
O cenário das negociações se complicou ainda mais antes da quinta rodada, quando os Estados Unidos reiteraram a exigência para que o Irã abandonasse a prática de enriquecimento de urânio. O governo iraniano rejeitou essa demanda, argumentando que tal condição inviabilizaria um possível acordo. Apesar das tensões, houve sinalizações do Irã sobre uma eventual disposição de reducir os níveis de enriquecimento e uma maior transparência acerca de suas atividades nucleares, com o intuito de atestar a natureza pacífica de seu programa.
Além disso, os mecanismos propostos por Omã foram mencionados por Araghchi como potenciais facilitadores para superar os obstáculos nas discussões. O chanceler iraniano manifestou a esperança de que um avanço possa ocorrer em uma ou duas rodadas de negociações, mas a persistência das divergências sugere um caminho complicado pela frente. As complexidades políticas e estratégicas em jogo indicam que a solução para a questão nuclear iraniana ainda está longe de ser atingida, continuando a ser um tema central no panorama internacional.