Localizada em Jacareí, São Paulo, a Avibras é reconhecida por sua atuação na fabricação de sistemas de mísseis e outros equipamentos militares. A continuidade das operações da fábrica no Brasil está garantida, segundo a nota, que destaca o compromisso de cumprir com as obrigações da empresa em relação ao governo brasileiro, credores e colaboradores. A expectativa é que a retomada das atividades ocorra o mais rápido possível.
Entretanto, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos expressou sua preocupação com a situação precarizada em que a Avibras se encontra. A entidade notificou que há quase três anos luta em defesa dos direitos dos trabalhadores da indústria, que, de acordo com o sindicato, estão enfrentando dificuldades extremas, incluindo até 22 meses sem receber salários. O sindicato afirmou que um acordo de venda já foi assinado, mas há um prazo de 45 dias para a conclusão do processo, o que coloca ainda mais pressão sobre os trabalhadores e suas famílias.
Além disso, a entidade destacou a urgência de uma reunião com a direção da Avibras para discutir a situação e buscar soluções para o atraso nos pagamentos e a necessidade de garantir a permanência da empresa no Brasil. O sindicato ressaltou que a Avibras é estratégica para a soberania nacional e, portanto, a regularização dos salários e a continuidade das operações são questões prioritárias.
As negociações, embora promissoras para a recuperação da Avibras, levantam importantes questões sobre o futuro da indústria de defesa brasileira e a manutenção de postos de trabalho em um setor considerado vital para a segurança do país. A situação reflete um cenário desafiador, onde a busca por investimentos externos precisa ser equilibrada com as responsabilidades sociais e trabalhistas, fundamentais em qualquer transação desse porte.