As operações de exploração foram conduzidas com o auxílio de veículos submersíveis robóticos, que permitiram a análise detalhada do navio e de sua carga. Os artefatos cerâmicos encontrados são notáveis não apenas pela quantidade, mas também pela qualidade e diversidade. Os especialistas chegaram a identificar entre cinco e seis formatos diferentes de pratos, além de uma quantidade menor de ânforas.
A embarcação tinha dimensões consideráveis, com cerca de 15 metros de comprimento e 9 metros de largura, e acredita-se que tenha partido do norte da África ou do Chipre. Seu destino final seria Constantinopla, mas o navio encontrou um trágico desfecho em meio a uma tempestade no mar Egeu, que levou à sua imersão no fundo marinho.
O projeto de mapeamento do patrimônio cultural subaquático na região de Ayvalik conta com a supervisão do professor Harun Ozdas, diretor do Centro de Pesquisa Subaquática da Universidade Dokuz Eylul. A pesquisa foi realizada com a autorização do Ministério da Cultura e Turismo da Turquia, evidenciando o compromisso das autoridades locais com a preservação e estudo de sítios arqueológicos subaquáticos.
Esse achado não apenas enriquece o conhecimento histórico sobre o comércio marítimo da época, mas também oferece novas perspectivas sobre as práticas culturais e as rotas comerciais que existiam entre as civilizações do Mediterrâneo nos séculos passados. Assim, a descoberta do navio naufragado não só contribui para a arqueologia, mas também revive narrativas esquecidas do passado, aguardando para serem exploradas pelos estudiosos e admiradores da história.