Equipado com tecnologia de espectroscopia avançada, o telescópio consegue capturar luz infravermelha, invisível aos olhos humanos, permitindo assim que os cientistas enxerguem através da poeira cósmica que obscurece a luz visível. A capacidade do SPHEREx de atribuir cores visíveis a diferentes comprimentos de onda infravermelho facilita a determinação da composição dos objetos observados e a distância até as galáxias, aumentando ainda mais o leque de informações disponíveis para os pesquisadores.
As primeiras imagens obtidas pelo telescópio confirmaram que o foco do equipamento está ajustado de maneira precisa, um fator crítico, pois esse ajuste foi definido antes do lançamento e não pode ser alterado uma vez em órbita. O funcionamento do SPHEREx é facilitado por filtros especiais que capturam um espectro mais amplo de luz cósmica. Ao fazer isso, a luz que adentra o telescópio é dividida em dois caminhos, que dirigem-se a fileiras de detectores, produzindo um espectro detalhado com 102 matizes distintos em cada exposição.
De acordo com Olivier Doré, cientista do projeto no Caltech e no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, a espaçonave está operando exatamente como foi planejada. Ele demonstrou grande expectativa sobre o início das operações do SPHEREx no final de abril de 2025. Essa missão representa um avanço significativo na nossa compreensão do universo, pois ao mapear o céu com um nível de detalhe sem precedentes, o SPHEREx está prestes a criar o mais abrangente mapa tridimensional do cosmos já realizado, revelando novas facetas desse vasto e misterioso espaço nos próximos meses.