O buraco negro em questão emite jatos de alta energia que se estendem por toda a galáxia, uma característica notável que ocorre não no interior do buraco negro, mas nos intensos campos gravitacionais e magnéticos que o cercam. Esses jatos estão se movendo a velocidades próximas à da luz, o que torna o seu comportamento ainda mais intrigante para os cientistas.
Na análise mais profunda das imagens de raios X adquiridas, os pesquisadores identificaram um padrão em forma de V, que se conecta a uma fonte luminosa de raios X. Essa descoberta é inusitada, pois até então não havia registros semelhantes nesta galáxia. As investigações sugerem que a origem dos raios X emitidos por C4 pode estar relacionada à colisão entre as partículas do jato e o gás oriundo de uma estrela massiva ou até mesmo de um sistema estelar binário.
Essa interação entre os jatos e o vento de gás liberado da estrela pode ser responsável pela turbulência percebida, que, por sua vez, gera um aumento na densidade do gás presente no jato. Isso resulta na intensa emissão de raios X que foi observada pelos equipamentos do Chandra, reforçando a importância do observatório em revelar aspectos antes desconhecidos do espaço.
Essas descobertas podem não apenas expandir nosso conhecimento sobre os buracos negros e suas interações, mas também abrir novas discussões sobre a dinâmica das galáxias e os processos que ocorrem em regiões extremas do cosmos. A observação contínua de Centaurus A, portanto, promete trazer à luz novos mistérios do universo, desafiando nossa compreensão da astrofísica e da evolução galáctica.