Uma análise realizada pela SuperCam do rover revelou que a rocha contém altos níveis de ferro e níquel. Essa combinação é típica de meteoritos metálicos do tipo ferro-níquel, os quais se formam no núcleo de asteroides massivos — um processo que ocorreu nos primórdios do Sistema Solar, quando minerais pesados se fundiram em rochas aquecidas. A composição da rocha sugere que ela provavelmente não se originou em Marte, mas foi trazida para o planeta através da queda de um meteorito em um passado remoto.
Embora já tenham sido encontrados outros meteoritos de ferro-níquel em Marte, como o Cacao em 2023, esta é a primeira vez que o Perseverance detecta um exemplar desse tipo. Os cientistas da NASA destacam que novos exames serão necessários para confirmar se a Phippsaksla é realmente um meteorito. A comprovação de sua origem interestelar poderia fornecer informações cruciais sobre a história de Marte e sua interação com o Sistema Solar.
Essa descoberta inovadora se soma a uma série de avanços que o Perseverance tem feito em suas explorações do Planeta Vermelho. No ano passado, o rover encontrou rochas com padrões de pontos que podem ser algumas das evidências mais promissoras sobre a possibilidade de vida em Marte. Os pesquisadores continuam atentos a novas descobertas que podem lançar luz sobre os mistérios desse fascinante planeta.
