A situação em torno do asteroide 2024 YR4 teve seu auge de alarme em janeiro, quando foi identificado como o único grande asteroide com uma chance de impacto superior a 1%. Essa probabilidade subiu ao longo de fevereiro, alcançando um máximo de cerca de 3,13%. Contudo, novas observações e análises reduziram drasticamente tais riscos. A possibilidade de impacto caiu para 1 em 360, ou cerca de 0,28%, em 21 de fevereiro, e com dados ainda mais refinados, esse percentual despencou para apenas 0,0039%. Com isso, a NASA reclassificou o asteroide como uma ameaça zero na Escala de Torino, que mede o risco de colisões com a Terra.
É importante mencionar que, apesar de a Lua ainda ter uma chance de 1,7% de ser impactada pelo 2024 YR4 em 22 de dezembro de 2032, esses resultados têm sido monitorados de perto por cientistas. A NASA implementará um acompanhamento contínuo utilizando tanto observatórios financiados pelo Gabinete de Coordenação de Defesa Planetária quanto dados do poderoso Telescópio Espacial James Webb.
Com um diâmetro estimado em 54 metros, um eventual impacto do 2024 YR4 poderia causar danos imensos, com uma explosão equivalente a quase oito megatons de TNT, superando em mais de 500 vezes a potência da bomba atômica lançada sobre Hiroshima. Tal evento poderia resultar em uma tragédia sem precedentes se ocorresse em uma área densamente povoada. Cientistas frequentemente comparam a devastação potencial à do famoso evento de Tunguska, que destruiu vastas áreas da Sibéria em 1908.
O professor Richard Binzel, do MIT, explicou que o comportamento do asteroide é esperado, pois as primeiras observações têm uma margem de erro maior. À medida que novos dados são coletados, a precisão dos cálculos melhora, e a chance de impacto tende a diminuir. Esse episódio destacou a importância da vigilância contínua sobre asteroides que cruzam a órbita da Terra, assegurando que a humanidade esteja sempre informada sobre as potencialidades de ameaças do espaço.