A delegada Ana Luiza Nogueira, responsável pelo caso, afirmou que a vítima vive um relacionamento conturbado com o suspeito há meses, com relatos de violência psicológica. Segundo a delegada, o homem costumava esmurrar a parede em momentos de nervosismo e já havia quebrado um notebook em uma situação anterior. No entanto, a situação mais grave ocorreu quando, após uma briga com a namorada, o suspeito ateou fogo no apartamento dela.
A vítima, que não estava presente no momento do incêndio, registrou um Boletim de Ocorrência e relatou toda a situação à polícia. Uma perícia foi realizada no apartamento para confirmar se o incêndio foi criminoso. A delegada informou que o caso é tratado como tentativa de feminicídio, devido à crença do suspeito de que a vítima estava dentro do imóvel quando ele iniciou o fogo.
Além disso, o suspeito pode responder por violência psicológica, patrimonial e pelo crime de causar incêndio expondo a vida de outras pessoas a risco, conforme previsto no artigo 250 do Código Penal. A delegada determinou a abertura de um inquérito policial para investigar todos os aspectos do crime com celeridade. A família da vítima, que estava no apartamento no momento do incêndio, escapou ileso, mas o caso trouxe à tona a gravidade da violência doméstica e a necessidade de medidas de proteção às vítimas.