Namorado de grávida encontrada morta na Rocinha é solto após nova linha de investigação apontar suicídio como causa da morte, diz Polícia Civil.

Na manhã desta quarta-feira, o namorado de Géssica Oliveira de Souza, uma mulher de 36 anos que estava grávida de cinco meses e foi encontrada morta na Rocinha, Zona Sul do Rio de Janeiro, foi liberado pela polícia após um período de detenções que começou na noite anterior. Ele havia sido preso sob suspeita de envolvimento na morte da gestante, que, conforme informações iniciais, levantou indícios de feminicídio.

Géssica foi socorrida pelos bombeiros do Quartel de Copacabana, mas, infelizmente, chegou ao Hospital Municipal Miguel Couto sem vida. A investigação está sob a responsabilidade da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que investiga todos os detalhes em torno do caso que se tornou emblemático na cidade. O namorado foi localizado e detido nas proximidades da Rodoviária Novo Rio, numa ação da 5ª DP (Mem de Sá) que é uma das forças policiais envolvidas nas apurações. A detenção foi baseada em depoimentos de familiares da vítima e um laudo preliminar que apontou a possibilidade de morte por esganadura.

No entanto, o desdobrar das investigações após a prisão levantou novos elementos. A análise das conversas de WhatsApp armazenadas no celular do suspeito, aliada ao laudo do Instituto Médico-Legal (IML), revelou que a causa da morte de Géssica foi um enforcamento com um nó atípico na região do pescoço. Esse achado levou a principal linha de investigação a reavaliar as circunstâncias da morte e a considerar a possibilidade de suicídio como uma hipótese relevante.

A DHC continua a apurar o caso, investigando todos os ângulos, presando atenção a novos depoimentos e evidências para esclarecer a trágica perda de Géssica Oliveira e entender melhor o contexto por trás das circunstâncias em que sua vida chegou ao fim. A dor da perda gera repercussão não apenas na comunidade local, mas ecoa em uma luta maior contra a violência de gênero e a necessidade de apoio e proteção a mulheres em situação vulnerável. As investigações em torno desse caso continuam, com a esperança de trazer à tona uma verdade que faça justiça à memória de Géssica.

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