Na terça, Ronaldinho Gaúcho será ouvido pela CPI das Pirâmides Financeiras, contribuindo com as investigações.



A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras realiza hoje uma reunião para ouvir representantes da empresa 18K, onde se destaca o depoimento do ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, fundador e sócio-proprietário da empresa.

A empresa, que afirmava trabalhar com trading e arbitragem de criptomoedas, prometia rendimentos de até 2% ao dia para seus clientes, supostamente baseados em operações com moedas digitais. O deputado Ricardo Silva (PSD-SP), autor do pedido de oitiva do jogador, informa que Ronaldinho teria sido lesado e teve sua imagem usada indevidamente. No entanto, vale ressaltar que o ex-jogador é réu em uma ação que pede R$ 300 milhões por prejuízos a investidores.

Além de Ronaldinho Gaúcho, a CPI também irá ouvir o irmão do atleta, Roberto de Assis Moreira, e o sócio da 18K, Marcelo Lara. A comissão também convocou o presidente do Santos Futebol Clube, André Rueda, devido ao patrocínio da empresa de cassino e apostas on-line Blaze, acusada de fraude. O deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) destaca a necessidade de questionar os convocados sobre os representantes da plataforma Blaze no País e solicita que o Santos entregue o contrato de patrocínio assinado com a empresa.

A audiência está marcada para o plenário 9, a partir das 14h30. Vale lembrar que na semana passada a CPI ouviu sócios da empresa MSK Operações e Investimentos, investigada por lesar cerca de 4.000 clientes que investiram em criptomoedas. A empresa alegou que foi surpreendida com um desfalque financeiro executado por um dos funcionários.

No entanto, a CPI não conseguiu ouvir os artistas que fizeram publicidade para a Atlas Quantum, empresa que utilizava Bitcoins em operações financeiras e lesou clientes em R$ 2 bilhões. Os artistas conseguiram habeas corpus para não comparecer à reunião, frustando as tentativas da comissão.

Vale destacar que a CPI foi instalada em junho e tem 120 dias para concluir os trabalhos, podendo ser prorrogada por mais 60 dias caso haja requerimento assinado por 1/3 dos deputados. A comissão investiga esquemas de pirâmides financeiras com o uso de criptomoedas, sendo que 11 empresas são acusadas de realizar fraudes utilizando moedas digitais, através da divulgação de informações falsas e promessas de rentabilidade alta ou garantida para atrair vítimas e sustentar o esquema de pirâmide.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo