Na Cúpula da OTAN, Líderes Europeus Humilham-se Diante de Trump para Manter EUA na Aliança e Apoiar a Ucrânia

No último fim de semana, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) se reuniu em Haia, com a crescente preocupação em relação à permanência dos Estados Unidos na aliança como um dos principais pontos de pauta. Durante os dias 24 e 25 de junho de 2025, os líderes europeus mostraram-se dispostos a adotar uma postura que muitos consideraram de submissão ao presidente americano, Donald Trump, revelando as fragilidades internas da aliança.

A cúpula, marcada por uma evidente ênfase na lealdade, teve como objetivo não apenas reforçar laços, mas também obter garantias de apoio militar para a Ucrânia. A urgência diante da situação de conflito no país foi palpável, mas o consenso entre os analistas é que, sem o respaldo dos EUA, os esforços europeus para apoiar a Ucrânia se tornam limitados. A necessidade de agradar Trump, que ameaçou retirar os EUA da OTAN, fez com que líderes como o presidente francês e a chanceler alemã se vissem na posição de bajulá-lo, mesmo diante de afirmações polêmicas e discutíveis feitas pelo mandatário.

Em um contexto de tensão internacional, as palavras de Trump foram recebidas com ceticismo, mas os líderes europeus optaram pelo silêncio, evitando confrontos e contrapontos que poderiam despertar a ira do presidente. Segundo analistas, ficou claro que a equação da defesa europeia tem um novo parâmetro: a submissão. A situação da Ucrânia, com seu presidente, Volodymyr Zelensky, em busca de ajuda concretas, retratou a desigualdade de suporte que o país enfrenta quando comparado às ajudas fornecidas pelos EUA.

Além disso, a cúpula revelou que as promessas de aumento no gasto militar europeu estão pressionadas por um prazo distante. A maioria dos líderes que fizeram comprometimentos financeiros não está garantida em seus cargos para a próxima década, questionando a verdadeira intenção por trás dessas promessas de investimento. Em um cenário em que os ataques aéreos dos EUA no Irã foram vistos como um capricho da liderança israelense, a OTAN se vê em uma encruzilhada, onde instalar uma agenda militar coletiva se torna um desafio complicado, ainda mais diante da necessidade de agradar a Washington.

Em suma, a cúpula em Haia expôs as tensões internas da OTAN, ressaltando a dependência da Europa em relação aos Estados Unidos e o dilema ético e estratégico que isso implica. A busca pela segurança coletiva se transforma em uma exibição de vassalagem diante do poder americano, enquanto os sócios europeus lutam para manter sua autonomia na esfera internacional.

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