A sede do FAM promete oferecer suporte e assistência aos moradores afetados pelo afundamento de solo causado pela mineradora Braskem na cidade. No entanto, o representante do MUVB, Alexandre Sampaio, não poupou palavras ao afirmar que o Fundo é apenas uma forma da prefeitura manter o controle sobre associações que apoiam a gestão de JHC, sem trazer benefícios reais para os moradores e empresários impactados.
Segundo Alexandre, a Defensoria Pública do Estado entrou com uma ação na Justiça revelando que nenhum centavo foi depositado no FAM até o momento. A DPE requer que o prefeito JHC destine os R$ 250 milhões que o município tem a receber da Braskem, no dia 15 de julho, para o Fundo.
O FAM foi criado como parte do acordo de reparação ambiental entre a Prefeitura de Maceió e a Braskem, com aprovação do Ministério Público Federal e do Ministério Público de Alagoas. Este programa é gerido por um comitê que visa oferecer suporte financeiro, isenção tributária, assistência jurídica e suporte psicossocial às vítimas e empresários afetados.
Desde 2019, a Braskem é responsável por danos a 60 mil pessoas e pela evacuação de 14 mil residências, devido ao afundamento de solo que resultou em um dos maiores crimes ambientais em área urbana do mundo. As atividades de mineração da empresa foram identificadas como a causa das rachaduras em imóveis e no solo de diversos bairros de Maceió.
A população aguarda por respostas e ações concretas por parte da Prefeitura e da Braskem, a fim de amenizar os impactos causados por essa tragédia ambiental. Enquanto isso, o debate em torno do FAM e sua efetividade continua a ganhar destaque nos meios de comunicação e entre as entidades envolvidas.