Música na Educação: Estudo Revela Benefícios em Crianças e Iniciativas Inovadoras no Brasil e na Finlândia Transformam Aprendizado em Experiência Coletiva e Criativa.

Um recente estudo da University of the Arts trouxe à tona evidências relevantes sobre os impactos da música na educação infantil. Crianças que se integram a ambientes musicais ativos demonstram não apenas uma melhor adaptação social, mas também aprimoramentos na capacidade de concentração e uma predisposição para emoções positivas, especialmente durante os primeiros anos escolares. Um exemplo notável dessa ênfase na arte musical é a Finlândia, onde a música é uma disciplina obrigatória do 1º ao 9º ano em todas as instituições de ensino.

No Brasil, essa atenção à música já se reflete em diversas iniciativas pedagógicas, entre as quais se destaca o projeto De Criança Para Criança (DCPC) – By Kids to Kids. A proposta do DCPC está embasada em uma metodologia que alia diferentes expressões musicais à criatividade e à tecnologia. Durante o processo pedagógico, as crianças participam de rodas de conversa nas quais colaboram na construção de histórias, criam desenhos e produzem locuções. Essa abordagem inovadora busca não apenas estimular a aprendizagem, mas também preparar os alunos para o domínio das ferramentas tecnológicas que serão cruciais no futuro.

Segundo Vitor Azambuja, especialista em educação e CEO do DCPC, essa integração de tecnologia e metodologia educacional destaca a singularidade do projeto. Ele ressalta que, ao mesclar comunicação e aprendizado, as crianças são capacitadas a desenvolver competências essenciais.

Um dos frutos desse empenho foi a animação “Dengue, aqui não”, realizada com a colaboração de alunos da 3ª série da Escola Municipal “Dom Ildefonso Stehle”. A animação, que aborda um tema de saúde pública, exemplifica como a união de diversas linguagens artísticas pode resultar em uma narrativa impactante e educativa.

Além das atividades no Brasil, o projeto também ganhou espaço em três escolas primárias na Finlândia. Os alunos lá usaram a música como ponto de partida para criar canções e transformar melodias conhecidas em narrativas visuais. Essa prática faz parte de uma metodologia que integra várias disciplinas em torno de um mesmo tema, permitindo que a música se torne uma ferramenta de aprendizado e expressão.

Com a preocupação em respeitar a privacidade das crianças, as vozes nas animações finlandesas foram geradas por inteligência artificial, garantindo segurança e anonimato. A plataforma utilizada foi elogiada pelos professores, que notaram um alto nível de engajamento dos alunos. Como resultado, o DCPC está traduzindo a plataforma para o finlandês e incorporando novos recursos de inteligência artificial, com o intuito de otimizar a experiência educacional.

Gilberto Barroso, CEO do DCPC na Europa, ressalta que a iniciativa não só enriquece a tradição pedagógica local, mas também oferece formas de desenvolvimento criativo e colaborativo aos alunos. Ao desenharem e darem vida às suas criações, as crianças aprimoram habilidades como empatia, trabalho em equipe, além de competências digitais e artísticas, contribuindo para um sentimento de pertencimento cada vez mais forte.

O DCPC, portanto, se destaca não apenas como um programa inovador, mas como uma ferramenta que transforma a educação, colocando as crianças no centro do aprendizado, e oferecendo a elas a oportunidade de se tornarem protagonistas de suas próprias histórias.

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