Em janeiro, um memorando da diretora do Louvre, Laurence de Car, havia chamado a atenção para a necessidade urgente de manutenção e reforma na estrutura do edifício. O documento foi enviado à ministra da Cultura da França, Rachida Dati, destacando que o desgaste do prédio e a falta de investimentos têm colocado em risco a preservação das valiosas coleções ali guardadas. Elise Müller, representando o sindicato dos trabalhadores, expressou a crescente preocupação entre os colegas de trabalho: “Nós já soamos o alarme. Enfrentamos diariamente dificuldades com equipamentos em mau estado, e a redução drástica no número de funcionários nos leva a um limite preocupante em nossa capacidade de assegurar a segurança do prédio”, afirmou.
O assalto ocorreu no último domingo, quando um grupo de criminosos levou pelo menos oito joias históricas que pertenciam às imperatrizes da França. Entre os itens subtraídos, encontravam-se um colar, um broche, uma tiara, entre outras preciosidades expostas em vitrinas que homenageiam Napoleão e os monarcas franceses.
De acordo com o ministro do Interior, Laurent Nunez, os assaltantes utilizaram uma escada montada em um caminhão para acessar o museu através de uma janela. Eles conseguiram quebrar o vidro com uma esmerilhadeira e, após a ação, fugiram em scooters. Além disso, há indícios de que o grupo possa ter conexões internacionais, uma vez que o ministro não descartou a possibilidade de que os envolvidos sejam estrangeiros. Investigadores acreditam que o grupo era formado por quatro indivíduos, dos quais dois adentraram diretamente o museu.
Fundado em 1793, o Louvre continua a atrair milhões de visitantes anualmente, e sua relevância cultural e histórica é indiscutível. No entanto, os recentes eventos colocam em evidência a necessidade urgente de um aprimoramento nas estratégias de segurança para proteger não apenas as obras, mas também a integridade do próprio museu.