Anteriormente, a participação dos adolescentes nas eleições municipais vinha sofrendo uma redução constante. Em 2012, 42,3% dos adolescentes aptos a votar estavam cadastrados, número que caiu para 33,7% em 2016 e, em 2020, apenas 15% dos jovens haviam feito o cadastro eleitoral. No entanto, este ano, segundo dados do TSE, houve um pequeno aumento, com 1,3 milhões de adolescentes cadastrados até março.
Mario Volpi, Chefe de Desenvolvimento e Participação de Adolescentes no UNICEF, ressalta a importância do voto como meio de fazer com que as demandas da sociedade sejam ouvidas pelos tomadores de decisão. Os prefeitos e vereadores eleitos este ano têm a responsabilidade de garantir direitos fundamentais para crianças e adolescentes nas cidades, como educação, saúde, segurança e assistência social.
O UNICEF destaca que a retirada do título de eleitor é apenas o primeiro passo para incentivar a participação cidadã dos jovens, sendo essencial promover o conhecimento sobre as eleições e as responsabilidades dos gestores municipais. Além disso, é fundamental incentivar a presença dos adolescentes nas urnas em outubro, para que suas vozes sejam ouvidas e seus direitos sejam garantidos.
Portanto, a organização reforça a importância do voto adolescente como uma forma de construir cidades melhores, onde os direitos e necessidades de meninas e meninos sejam prioridade na agenda política. A participação ativa dos jovens nas eleições municipais de 2024 é crucial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.