O exame Papanicolau, fundamental para o rastreamento precoce de doenças, está disponível gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Brasil. Recentemente, a proposta do Ministério da Saúde de substituir gradualmente esse exame pelo teste de biologia molecular DNA-HPV levanta discussões. Inicialmente, a nova abordagem será implementada em apenas um município de cada estado, incluindo cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. O MMM defende que essa estratégia seja expandida para todo o país, já que a nova tecnologia permite aumentar os intervalos de rastreamento para até cinco anos, o que pode tornar os processos mais eficientes e menos dispendiosos.
5Em relação à prevenção, dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que anualmente mais de 30 mil brasileiras recebem diagnósticos de câncer ginecológico. A utilização de preservativos e a vacinação contra o HPV são medidas eficazes na prevenção desse tipo de câncer. Desde 2014, a vacina contra o HPV está disponível gratuitamente nas UBS para meninas e meninos de 9 a 14 anos, além de grupos específicos como pessoas imunossuprimidas e vítimas de violência sexual.
Entretanto, a cobertura vacinal ainda está abaixo do ideal. Meninas nessa faixa etária apresentam uma taxa de vacinação de 78,55%, enquanto meninos ficam em 66,34%, ambos distantes da meta de 90%. Para reverter esse cenário, o MMM enfatiza a necessidade de ações de conscientização e mobilização nos municípios, alertando sobre fatores de risco, sintomas e a importância da prevenção.
Em suma, o Setembro em Flor não é apenas uma campanha, mas uma chamada urgente para que gestores e população se unam na luta pela saúde ginecológica, promovendo informações e ações que possam impactar positivamente a vida de milhares de mulheres no Brasil.