Um dos pontos mais destacados na pesquisa é a importância do 1% adicional do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), uma conquista significativa do movimento municipalista. Quase 95% das prefeituras afirmaram que esse repasse extra é crucial para a quitação do 13º salário, mostrando que a maioria dos entes locais, cerca de 98%, está com os pagamentos em dia, incluindo a folha de dezembro.
Sob a perspectiva do ano que se encerra, a gestão de 2025 a 2028 enfrentou uma série de desafios que impactaram as finanças municipais. Para 80,2% dos gestores, a principal dificuldade foi a crise financeira aguda, seguida pela instabilidade política (67,5%) e os desafios na área da saúde (63,4%).
Com relação ao futuro, as expectativas para a economia em 2026 se mostram divididas. Embora 44,6% dos gestores enxerguem um cenário positivo, 35,8% estão pessimistas, sendo que 16% não têm uma projeção definida. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, complementou que, apesar das dificuldades enfrentadas, as prefeituras parecem estar finalizando o ano com uma gestão fiscal mais sólida. Entretanto, ele adverte que 2026 pode apresentar obstáculos significativos, especialmente em um ambiente político instável que pode gerar novas demandas financeiras insustentáveis.
O levantamento anual, tradicionalmente realizado no final do ano, destaca como o adicional do FPM vem garantido a liquidez necessária para o pagamento do 13º salário em várias prefeituras, refletindo um planejamento fiscal mais consistente e reduzindo os atrasos salariais. Essa análise é fundamental para compreender a trajetória das administrações municipais no Brasil e as expectativas para o próximo ciclo de governança.
