MUNICIPIOS – Prefeitos alagoanos pedem revisão da população estimada pelo IBGE para garantir recursos do Fundo de Participação dos Municípios e evitar impactos financeiros.

O presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), Marcelo Beltrão, expressou sua preocupação com os recentes dados populacionais divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que revelam a atual população de Alagoas em 3.220.848 habitantes, representando um crescimento irrisório de apenas 0,02% em relação ao ano anterior. Essa realidade coloca o estado em um grupo restrito de locais com as menores taxas de crescimento no Brasil, ao lado de estados como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Os novos números repercutem de forma negativa entre os prefeitos, uma vez que são fundamentais para o cálculo do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), principal fonte de receita para muitas prefeituras. A diminuição na população, em casos específicos, pode resultar em uma queda significativa nos repasses financeiros. Municípios como Campo Alegre, Atalaia, Joaquim Gomes e Boca da Mata foram identificados com perdas demográficas que impactam diretamente suas finanças.

Beltrão ressaltou que vários prefeitos já contestaram a precisão das estimativas e solicitaram que a AMA intervenha para garantir uma recontagem mais precisa da população. Essa demanda é essencial, pois muitos gestores afirmam que suas cidades têm uma realidade populacional muito maior do que a apresentada pelo IBGE, complicando o planejamento de políticas públicas nas áreas de saúde, educação e infraestrutura.

Embora alterações na legislação tenham mitigado o impacto das perdas, permitindo uma redução gradual de 10% nos repasses do FPM a cada ano, a preocupação sobre a adequação das estimativas permanece. O presidente da AMA defende que são necessárias ações para garantir que o censo corresponda com precisão à realidade de cada município, uma questão crítica para o funcionamento adequado das administrações locais, particularmente em municípios de menor porte que frequentemente enfrentam maiores dificuldades financeiras.

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