Os novos números repercutem de forma negativa entre os prefeitos, uma vez que são fundamentais para o cálculo do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), principal fonte de receita para muitas prefeituras. A diminuição na população, em casos específicos, pode resultar em uma queda significativa nos repasses financeiros. Municípios como Campo Alegre, Atalaia, Joaquim Gomes e Boca da Mata foram identificados com perdas demográficas que impactam diretamente suas finanças.
Beltrão ressaltou que vários prefeitos já contestaram a precisão das estimativas e solicitaram que a AMA intervenha para garantir uma recontagem mais precisa da população. Essa demanda é essencial, pois muitos gestores afirmam que suas cidades têm uma realidade populacional muito maior do que a apresentada pelo IBGE, complicando o planejamento de políticas públicas nas áreas de saúde, educação e infraestrutura.
Embora alterações na legislação tenham mitigado o impacto das perdas, permitindo uma redução gradual de 10% nos repasses do FPM a cada ano, a preocupação sobre a adequação das estimativas permanece. O presidente da AMA defende que são necessárias ações para garantir que o censo corresponda com precisão à realidade de cada município, uma questão crítica para o funcionamento adequado das administrações locais, particularmente em municípios de menor porte que frequentemente enfrentam maiores dificuldades financeiras.