MUNICIPIOS – Novo Exame de DNA-HPV Inicia Implementação Gradativa em 12 Estados e Substitui Papanicolau no SUS para Aumentar Detecção do Câncer de Colo do Útero

O Ministério da Saúde do Brasil anunciou o início da implementação gradual de um novo teste molecular de DNA-HPV no Sistema Único de Saúde (SUS), como parte do programa “Agora Tem Especialistas”. Essa ação inovadora visa substituir o tradicional Papanicolau, que é um exame mais antigo, e promete modernizar o rastreamento do câncer de colo do útero. A partir deste mês, a nova tecnologia estará disponível em 12 estados, incluindo grandes regiões como o Rio de Janeiro e São Paulo.

O novo teste é uma ferramenta vital no combate ao câncer cervical, pois detecta 14 tipos diferentes de papilomavírus humano (HPV) que podem preceder o desenvolvimento do câncer, permitindo diagnósticos em mulheres que, muitas vezes, não apresentam sintomas. Essa abordagem tem o potencial de aumentar significativamente as chances de tratamento eficaz e cura, uma vez que promove o diagnóstico precoce.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou que a iniciativa aproveitará a infraestrutura e os conhecimentos adquiridos durante a pandemia, o que deve facilitar uma redução significativa nos tempos de espera para a realização dos testes. O câncer do colo do útero é uma preocupação alarmante no Brasil, onde, infelizmente, ocorrem cerca de 20 mortes diárias devido a essa doença.

O novo método foi desenvolvido nacionalmente e permite um rastreamento mais eficiente, aumentando o intervalo entre exames para até cinco anos em casos negativos, uma mudança que reduz tanto custos quanto a necessidade de intervenções desnecessárias. Além disso, garante que mulheres em áreas remotas recebam o mesmo nível de atenção em saúde, promovendo um acesso equitativo.

O DNA-HPV entra como uma parte essencial do Plano Nacional para o Enfrentamento do Câncer, com previsão de beneficiar cerca de 5,6 milhões de mulheres nos próximos cinco anos. O sucesso da implementação, que ocorrerá em um município por estado inicialmente, depende de uma estratégia bem coordenada de mapeamento da população alvo, feita por agentes de saúde.

Além de oferecer um teste mais confiável e com maior sensibilidade diagnóstica, o programa promove também a educação da população sobre a auto-coleta e outras medidas para aumentar o acesso aos cuidados de saúde. Assim, a inciativa não apenas marca um avanço na saúde pública, mas também uma oportunidade de salvar vidas, confrontando um problema que afeta profundamente a saúde das mulheres no Brasil.

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