MUNICIPIOS – Municípios repudiam instalação unilateral do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços e defendem autonomia na gestão tributária brasileira.

O movimento municipalista, sob a liderança da Confederação Nacional de Municípios (CNM), expressa sua profunda indignação diante dos últimos eventos relacionados à formação do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (CGIBS). Este comitê foi estabelecido pela Emenda Constitucional 132/2023 e regulamentado pela Lei Complementar 214/2025, mas sua criação foi marcada por uma atitude unilateral por parte dos Estados e do Distrito Federal. Assim, o Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (COMSEFAZ) decidiu, sem a legítima representação dos Municípios, instalar o CGIBS, incluindo a escolha de um presidente no dia 1º de agosto de 2025.

Essa ação representa, além de uma evidente violação da Constituição Federal, um ataque direto à autonomia dos Entes Locais e ao pacto federativo. Os Municípios não podem ser tratados como entidades menores, e o Imposto sobre Bens e Serviços, que deve ser gerido de forma paritária entre Estados, Distrito Federal e Municípios, não pode ser objeto de unilateralidade. A CNM não aceitará essa discriminação, ressaltando que as decisões fundamentais para as comunidades devem ser tomadas com a plena participação municipal.

Diante do cenário, a CNM anunciou sua retirada formal do acordo de cooperação técnica com os Estados e o Distrito Federal, reafirmando seu compromisso com as garantias constitucionais. A mobilização e a união entre os Municípios são agora imperativas para enfrentar essa tentativa de deslegitimação e garantir os direitos constitucionais.

Todos os gestores municipais são convocados a se posicionar firmemente contra essas práticas autoritárias, defendendo não apenas direitos tributários, mas a dignidade institucional e a autonomia municipal. A CNM se compromete a liderar essa luta em defesa de cada Município, defendendo assim a essência da democracia e do municipalismo no Brasil. Juntos, somos mais fortes e capazes de enfrentar esse desafio.

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