A Embrapa ocupará um terreno de 16,6 hectares doado pelo governo do Estado em 2020. As estruturas arquitetônicas da antiga fábrica da Saúde, no povoado do mesmo nome, serão reconstruídas ou recuperadas para instalação da equipe e dos laboratórios voltados à pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) em biodiversidade e patrimônio alimentar, certificações e signos distintivos de qualidade e origem, antropologia e sociologia da alimentação, circuitos de produção e consumo de produtos agroalimentares, sistemas agroalimentares diferenciados, agregação de valor, gastronomia e turismo rural, e nutrição e saúde.
Para apoiar as obras, foram destinados recursos de emendas parlamentares da bancada federal alagoana no valor de 28,3 milhões de reais. Além disso, o novo Programa de Aceleração ao Crescimento do Brasil (PAC) prevê investimentos de 7 milhões de reais este ano para obras civis e, em 2024 e 2025, de 62 milhões de reais para aquisição de mobiliário, equipamentos de laboratório, campo e casas de vegetação, entre outros.
O evento contou com a participação do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, do governador, Paulo Dantas, do senador e ministro Renan Filho, da presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, do chefe-geral da Embrapa Alimentos e Territórios, João Flávio Veloso Silva, além de parlamentares da bancada federal e estadual alagoana, dirigentes acadêmicos, institucionais e do setor privado. Na ocasião, o presidente da AMA ressaltou a importância do fortalecimento da Embrapa e sua contribuição para as políticas públicas executadas pelos prefeitos através de movimentos locais, agregando valor aos alimentos.
A iniciativa de criar a Embrapa Alimentos e Territórios em Alagoas surgiu em 2016, quando o governo federal identificou a necessidade de um novo centro de pesquisa da Embrapa para ser referência em soluções tecnológicas e sociais na temática dos alimentos e da alimentação. A efetiva criação do centro ocorreu em 2018, contando com 43 pesquisadores e técnicos em seu quadro de pessoal.
A localização estratégica de Alagoas, com suas cadeias produtivas importantes, como as de leite, fruticultura, carnes, apicultura, grãos e mandioca, justifica a escolha do estado para sediar a Embrapa. Além disso, Alagoas está próxima a centros consumidores, regiões turísticas relevantes e portos para exportação, além da obra hídrica do Canal do Sertão. Com a construção da nova sede da Embrapa, a expectativa é de um impacto positivo no desenvolvimento do setor agroalimentar e na geração de renda para a população local.
