Beltrão falou sobre a necessidade de transformar o ambiente digital em um recurso educativo que promova inclusão e desenvolvimento. Ele reconheceu os desafios que pais e educadores enfrentam para controlar o acesso de crianças e adolescentes a conteúdos online, mas enfatizou que é possível usar a tecnologia a favor de uma educação de qualidade. “Devemos discutir como utilizar esses recursos globais para proporcionar uma educação competitiva para nossos jovens”, afirmou.
O presidente da AMA destacou que o avanço na educação digital requer uma rede de articulação que envolva prefeituras, estados, o governo federal e a comunidade escolar. Ele enfatizou a importância da legislação existente, como a Lei Geral de Proteção de Dados e o Estatuto da Criança e do Adolescente, para assegurar um uso seguro e responsável das tecnologias.
O evento reuniu professores, gestores escolares e representantes de conselhos de direitos da criança e do adolescente. Uma das principais atrações foi o lançamento do guia “Crianças, Adolescentes e Telas”, que oferece orientações sobre o uso seguro de dispositivos digitais. Também foram abordadas diretrizes operacionais que integrarão a Educação Midiática e Digital ao currículo escolar a partir de 2026.
David Almansa, diretor da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, destacou a necessidade de preparar a sociedade para os riscos do ambiente digital e alertou sobre a ilusão de segurança que muitos têm. Por sua vez, a secretária de Estado da Educação, Roseane Vasconcelos, abordou a autonomia das escolas em relação ao uso de celulares, imprimindo a importância de educar alunos e pais sobre os potenciais efeitos negativos do uso excessivo desses dispositivos. O evento também promoveu cursos e materiais do Ministério da Educação, visando oferecer suporte e formação contínua aos profissionais da educação.