As disparidades regionais são evidentes. O Nordeste se destaca com um aumento crítico de 7,3% nas moradias inadequadas, seguido por outras regiões que também apresentaram crescimento, como o Sul (4,59%), o Norte (3,75%), o Sudeste (2,15%) e o Centro-Oeste (1,06%).
Este cenário desafiador leva a Confederação Nacional de Municípios (CNM) a enfatizar a importância do uso desses dados por gestores públicos para a formulação de políticas habitacionais que atendam às especificidades de cada região, estado e características sociais das famílias, como renda, gênero e raça. A CNM sugere que as soluções para o déficit habitacional não se resumem apenas à construção de novas residências, mas incluem medidas como urbanização de áreas precárias, regularização fundiária e assistência técnica em habitação.
Desta forma, a integração entre diferentes políticas setoriais — como mobilidade, saneamento e saúde — é essencial para garantir a eficácia das ações habitacionais. A melhoria da qualidade de vida das famílias que residem em condições inadequadas deve ser uma prioridade, e a promulgação de reformas é um dos caminhos recomendados para alcançar esse objetivo.