MUNICIPIOS – Consórcios Públicos Precisam de Estruturas Específicas para Promover Igualdade Racial e Integrar Sistema Nacional de Políticas Públicas na Área Social.

Os consórcios públicos intermunicipais que se dedicam exclusivamente à promoção da igualdade racial precisam seguir critérios específicos para adesão. A principal exigência consiste na inclusão de uma cláusula clara no contrato de consórcio, conhecido como protocolo de intenções, que deve ser aprovado pelo Poder Legislativo local. Além disso, é imprescindível a criação e o funcionamento do Conselho Intermunicipal de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (CIPIR), um órgão consultivo que deve garantir a paridade entre representantes do governo e da sociedade civil.

Para consórcios públicos que atuam em múltiplas áreas, a adesão requer, além das diretrizes previamente mencionadas, a implementação de uma Câmara Temática de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Essa câmara tem como função essencial planejar, executar e monitorar as políticas e ações voltadas para a igualdade racial de maneira transversal.

Esse aperfeiçoamento na atuação dos consórcios públicos na Assistência Social é notável. Um levantamento recente apontou que existem mais de 700 consórcios intermunicipais ativos no Brasil, com 93 deles dedicados à área de assistência social. Os consórcios que seguirem as diretrizes estabelecidas e tiverem suas solicitações aprovadas farão parte do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (SINAPIR), obtendo assim a pontuação máxima em convênios de financiamento federal.

O SINAPIR, criado pela Lei 12.288 de 2010 e regulamentado pelo Decreto 8.136 de 2013, visa descentralizar e viabilizar políticas eficazes para combater o racismo e promover a igualdade racial em todo o país. Para que a adesão seja efetiva, é fundamental a colaboração dos Entes Federados, que juntas poderão fortalecer a criação de órgãos e conselhos de promoção da igualdade.

No contexto do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), o combate ao racismo assume um papel vital. Através de ações diretas e reflexões promovidas pelos serviços de atendimento à população, a Assistência Social pode se tornar um espaço crucial para discutir e enfrentar a violência racial. Contudo, vale ressaltar que, até o momento, não há previsão orçamentária específica para as iniciativas do SINAPIR, o que representa um desafio adicional para a implementação dessas políticas.

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