MUNICIPIOS – Baixa cobertura vacinal infantil desafia o Brasil e preocupa autoridades – Pesquisa da CNM revela queda nos índices de imunização nos últimos 10 anos.

A nova edição da pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que a baixa cobertura de vacinação infantil no Brasil tem sido um problema persistente nos últimos cinco anos. De acordo com a entidade, o país não tem conseguido atingir as metas de imunização estabelecidas, o que gera preocupações quanto à proteção das crianças menores de 5 anos contra doenças preveníveis.

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, enfatiza a necessidade de ações mais efetivas por parte do governo federal no sentido de promover campanhas educativas e informativas sobre a importância da vacinação. Ziulkoski destaca que a simples distribuição de imunizantes não tem sido suficiente para aumentar as taxas de cobertura vacinal, sendo necessário um trabalho contínuo de conscientização da população.

Uma comparação entre os anos de 2013 e 2023 revela uma queda significativa na cobertura vacinal, que passou de 83,8% para 66,2%. Esse declínio progressivo nas taxas de imunização tem contribuído para o ressurgimento de doenças como o sarampo no Brasil, a partir de 2018. A vacina tríplice viral, por exemplo, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, tem registrado coberturas abaixo da meta estabelecida de 95%.

Além do sarampo, outras doenças como a poliomielite e a meningite C também apresentam índices de cobertura vacinal abaixo do desejado, representando um risco de retorno dessas enfermidades. A pesquisa da CNM destaca ainda que a conscientização da população sobre a importância da vacinação tem sido apontada como o principal desafio para a melhoria das coberturas vacinais.

Em meio a esse cenário preocupante, a vacinação contra a febre amarela para crianças até 5 anos se destaca pelo aumento na cobertura a partir de 2018. No entanto, a meta de 95% de cobertura desse público ainda não foi alcançada, sendo necessário priorizar essa imunização em áreas endêmicas, como a região amazônica.

Apesar de alguns avanços pontuais, como o caso da vacina BCG que alcançou a meta em 2022, a pesquisa da CNM aponta a necessidade de um maior engajamento por parte das autoridades e da sociedade civil para reverter o quadro de baixa cobertura vacinal no país. Mais investimentos em campanhas de conscientização e estratégias de promoção da vacinação são fundamentais para proteger a saúde das crianças e prevenir o ressurgimento de doenças evitáveis.

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