Em uma entrevista exclusiva para o podcast Papo de Gestão, a médica Delza Gitaí, reitora honorária da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), representante do Centro de Valorização da Vida (CVV) e membra do comitê estadual de prevenção e pósvenção ao suicídio, ressaltou a importância do Setembro Amarelo e das ações que os municípios podem adotar para contribuir na prevenção do suicídio.
A campanha do CVV, intitulada “acolher”, vai além de simplesmente receber alguém, ela engloba a aceitação dos sentimentos, ouvir sem julgamentos e estar disponível para ajudar. Acolher é demonstrar cuidado e empatia, elementos fundamentais para aqueles que estão passando por momentos difíceis.
O tabu em torno do suicídio precisa ser combatido, pois a falta de diálogo e compreensão pode impedir que pessoas em sofrimento busquem ajuda. Informar-se e estar disposto a ajudar são atitudes essenciais nesse processo.
Dados alarmantes sobre o suicídio destacam a gravidade desse problema, considerado um desafio de saúde pública. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais pessoas morrem por suicídio a cada ano do que por HIV, malária, câncer de mama, guerras e homicídios. No grupo de jovens entre 15 e 29 anos, o suicídio é a quarta principal causa de morte.
No Brasil, as taxas de mortalidade por suicídio aumentaram significativamente entre adolescentes nos últimos anos, evidenciando a urgência de ações preventivas. O Centro de Valorização da Vida (CVV) desempenha um papel crucial na prevenção do suicídio, oferecendo serviços voluntários e gratuitos de apoio emocional e prevenção do suicídio para todas as pessoas que necessitam.
Com uma atuação abrangente e serviços disponíveis 24 horas por dia, o CVV se destaca como uma referência na promoção da saúde mental e na prevenção do suicídio. A conscientização e a busca por apoio são fundamentais para a superação desse desafio e para o cuidado com a vida de todos.