Saul alerta que, apesar dos progressos em termos de reconhecimento, a situação de ocupação permanece crítica. Ele enfatiza que o apoio direto à Palestina deve ir além das declarações simbólicas e incluir medidas significativas, como um embargo de armas e processos judiciais contra Israel na Corte Internacional de Justiça. O especialista critica a postura dos Estados Unidos, que aparentemente se mostra insatisfeita com as iniciativas de seus aliados em reconhecer a Palestina, fazendo com que Washington e Tel Aviv se tornem cada vez mais isolados diante da crescente aceitação global da causa palestina.
Hoje, aproximadamente 75% dos países do mundo já reconheceram a Palestina de alguma forma, colocando os EUA e Israel em uma posição desconfortável, onde se opõem não apenas ao direito internacional, mas também à opinião pública global. Este isolamento pode ter implicações profundas nas futuras relações diplomáticas dessas nações, além de afetar a dinâmica do conflito israelense-palestino em um contexto mais amplo.
O debate sobre a solução de dois estados ganha ainda mais relevância neste cenário, onde o reconhecimento da Palestina pode servir como um forte alicerce para negociações futuras. Contudo, a implementação efetiva de direitos e a proteção da população palestina dependem de ações mais contundentes e concretas por parte da comunidade internacional, que parece estar enveredando lentamente para reconhecer a urgência de encontrar uma solução duradoura para este conflito que já persiste por décadas. O futuro da Palestina e de sua luta por autonomia continuará a ser um assunto de destaque nas discussões de política internacional, especialmente em um contexto global que se move em direção a um reconhecimento mais amplo de suas aspirações.