A festa de aniversário da Mundipharma foi marcada por uma atmosfera de carnaval, com muita descontração e comemoração. Além disso, houve a premiação de funcionários que se destacaram nas vendas dessas substâncias, demonstrando o foco da empresa em impulsionar seus resultados comerciais.
No entanto, a investigação denominada “Mundo da Dor”, conduzida pelo veículo de imprensa Metrópoles em parceria com outros meios internacionais, revelou que a Mundipharma está adotando no Brasil estratégias de marketing semelhantes às utilizadas nos Estados Unidos, que são alvo de críticas e questionamentos éticos. Mesmo diante de evidências científicas que apontam os riscos de dependência relacionados à oxicodona, a empresa se recusa a reconhecer tais perigos e segue promovendo a droga em eventos financiados, mantendo controle rigoroso sobre as informações divulgadas.
É importante ressaltar que a Mundipharma possui associações com a Purdue Pharma, empresa conhecida pela comercialização do OxyContin e por seu papel na crise de opioides nos EUA. Desenvolvido pela família Sackler, o OxyContin é um medicamento com alto potencial de causar dependência e tem sido associado a um grande número de mortes por overdose nas últimas décadas.
Diante desses fatos, a atuação da Mundipharma no Brasil levanta questões sobre a responsabilidade das empresas farmacêuticas na promoção de substâncias potencialmente perigosas e a necessidade de uma regulação mais rígida nesse setor.