Essa tendência de crescimento no mercado de trabalho feminino tem contribuído para a redução da desigualdade de gênero no país. Apesar disso, em números absolutos, ainda são os homens que ocupam a maior parte das novas vagas com carteira assinada. Além disso, o salário médio dos homens tende a ser superior ao das mulheres, evidenciando a persistência de disparidades salariais entre os gêneros.
O estudo apontou que as mulheres estão ocupando cada vez mais postos em áreas como vendas, comércio e atendimento ao público. O saldo total de empregos ocupados por mulheres aumentou consideravelmente, alterando a composição do mercado de trabalho em relação aos anos anteriores. Em 2023, apenas 39,6% do saldo de empregos criados no Brasil foram ocupados por mulheres, enquanto em 2024 essa participação subiu para 46,4%.
Além disso, houve um crescimento expressivo da mão-de-obra feminina em ocupações como “Vendedores e prestadores de serviços de comércio” e “trabalhadores de atendimento ao público”, com aumentos que chegam a mais de 250%. A participação das mulheres nessas áreas também aumentou significativamente, destacando-se o crescimento na ocupação de postos de trabalho.
Os dados analisados pelo FGV Ibre foram extraídos do Novo Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Essas informações refletem uma mudança no panorama do mercado de trabalho brasileiro, com uma maior presença e crescente participação das mulheres em diversos setores da economia.