Em um recente evento chamado Menopausa Summit, especialistas discutiram o impacto da redução dos níveis de estrogênio neste processo, o principal hormônio feminino produzido pelos ovários. A endocrinologista Dolores Pardini destacou que o estrogênio exerce influência direta sobre a regulação do apetite. Ele atua em áreas do cérebro responsáveis por sentimentos de fome e saciedade, promovendo a sensação de satisfação após as refeições. Durante o climatério, a queda desse hormônio desregula esses centros, resultando em um aumento do apetite.
Além disso, as alterações hormonais podem levar a um acúmulo de gordura, alterando a composição corporal da mulher. Estudos mostram que esse ganho de massa gorda pode iniciar até quatro ou cinco anos antes da última menstruação, um sinal de que o corpo já está passando por mudanças significativas.
A dificuldade para dormir, frequentemente relatada durante a menopausa, também contribui para a alteração nos padrões de apetite. A insônia pode desencadear um aumento na produção de grelina, o hormônio que estimula a fome, e a diminuição da leptina, que, por sua vez, inibe o apetite. Essa combinação torna a gestão do peso ainda mais desafiadora.
A reposição hormonal é uma abordagem frequentemente considerada para mitigar esses sintomas. Com o acompanhamento médico adequado, muitas mulheres podem recorrer a essa estratégia para melhorar sua qualidade de vida. Além disso, a prática de atividades físicas e uma alimentação equilibrada desempenham papéis cruciais na manutenção da saúde durante essa transição. Nutricionistas recomendam o aumento do consumo de proteínas, carboidratos e fibras, além de ingredientes que impulsionam o metabolismo, como chás termogênicos e antioxidantes.
Neste contexto, é fundamental que as mulheres se sintam empoderadas a buscar apoio médico para enfrentar os desafios da menopausa. Com a orientação certa, é possível não apenas amenizar os sintomas, mas também ajustar o estilo de vida, garantindo uma transição mais saudável e equilibrada.