Mulheres ganham 20,9% a menos que homens no Brasil, aponta governo Lula em relatório anual de informações sociais.

De acordo com um levantamento divulgado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira (7/4), as discrepâncias salariais entre homens e mulheres continuam evidentes no mercado de trabalho brasileiro. Segundo o Relatório Anual de Informações Sociais (Rais) de 2024, realizado pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho, as mulheres ganham, em média, 20,9% a menos do que os homens.

A pesquisa analisou cerca de 19 milhões de vínculos empregatícios em empresas com 100 ou mais funcionários, e os resultados são alarmantes. Enquanto a remuneração média dos homens chega a R$ 4.745,53, as mulheres recebem, em média, R$ 3.755,01. Ou seja, uma diferença considerável que reflete a desigualdade salarial entre os gêneros no país.

Além disso, o estudo apontou que as mulheres negras são as mais prejudicadas no que diz respeito à disparidade salarial. Enquanto o salário médio de mulheres negras é de R$ 2.864,39, os homens negros recebem, em média, R$ 3.647,97. A diferença é evidente e demonstra a existência de um viés racial nas desigualdades de remuneração.

É importante ressaltar que, no ano passado, as mulheres receberam apenas 47,5% do que os homens não negros ganharam, representando uma queda em relação a 2023, quando essa diferença era de 50%. Esses dados revelam a urgência de políticas públicas e ações afirmativas que combatam essa disparidade e promovam a equidade de gênero e raça no mercado de trabalho brasileiro.

Diante desse cenário, é fundamental que empresas, órgãos governamentais e a sociedade como um todo estejam engajados na promoção da igualdade salarial e de oportunidades para todas as pessoas, independentemente de gênero ou raça. A luta por um mercado de trabalho mais justo e inclusivo deve ser uma prioridade em nossa sociedade.

Sair da versão mobile